Design & Arquitetura

Casa com alma de bicho: como a arquitetura se adapta à vida com pets

Por
Redação

8/10/2025

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O piso vinílico é uma das escolhas mais versáteis para lares com pets: silencioso, confortável e fácil de limpar. Ideal para espaços compactos e bem aproveitados (Foto: Envato)

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Conforto, segurança e afeto: projetos residenciais incorporam cada vez mais soluções pensadas para o bem-estar de tutores e animais de estimação

Eles não são apenas companhia. Para muitos brasileiros, os pets são parte da família e isso muda tudo: da rotina diária à maneira como projetamos e vivemos nossos espaços. A arquitetura de interiores, atenta às transformações nos modos de habitar, tem acolhido esse novo paradigma com propostas que integram as necessidades de humanos e animais. 

No Brasil, onde mais da metade dos domicílios têm pelo menos um animal de estimação, cresce a demanda por soluções que ofereçam conforto e segurança também aos bichos. “Ter um lar pet-friendly não depende do tamanho do imóvel, mas da atenção aos detalhes”, diz o arquiteto Raphael Wittmann, à frente do estúdio Rawi Arquitetura + Design. Um bom exemplo é o uso de revestimentos práticos, como o porcelanato acetinado, que evita escorregões, ou o piso vinílico, que além de silencioso e térmico, é mais agradável para as patinhas.

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Tecidos com tramas fechadas e acabamento Easy Clean protegem contra odores e rasgos, mantendo a estética e a durabilidade dos estofados (Foto: Envato)

Na arquitetura pet-friendly, os móveis e materiais acompanham essa lógica de cuidado: tecidos com tramas fechadas, impermeabilização e tecnologias como o Easy Clean ajudam a prolongar a vida útil dos estofados sem abrir mão da estética. Já no layout dos ambientes, pequenos ajustes fazem diferença: rampas e degraus adaptados contribuem para o bem-estar de pets idosos ou com mobilidade reduzida. E há ainda uma camada sensorial,  nem sempre lembrada,  como a iluminação natural, que ajuda a regular os ciclos de sono e energia dos animais, impactando diretamente seu comportamento.

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A presença de luz natural contribui para a regulação do ciclo de sono e melhora o comportamento dos animais de estimação (Foto: Envato)

Outro ponto de atenção são as plantas. Elas trazem frescor e vida aos espaços, mas exigem cuidado redobrado na escolha das espécies para evitar intoxicações. Vasos suspensos, pesados ou fora do alcance dos animais são algumas estratégias para manter a casa segura sem abrir mão do verde.

Mais do que seguir tendências, a arquitetura voltada aos pets revela uma mudança de mentalidade. É sobre reconhecer que nossos lares são construídos com afeto e adaptados àquilo que nos faz bem, inclusive os animais com quem dividimos a vida. Como define Wittmann, “não se trata apenas de projetar ambientes bonitos, mas de criar espaços que acolham vínculos e respeitem todos os seus habitantes”.