Beleza & Bem-Estar

Câncer de colo do útero: como a alimentação e o estilo de vida podem proteger a saúde

Por
Lu Sandrini

10/18/2025

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A prevenção é o caminho mais eficaz contra o câncer de colo do útero (Foto: Envato)

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Vírus HPV é a principal causa da doença, mas fatores de risco podem ser controlados com prevenção, dieta equilibrada e atividade física

O que leva ao câncer de colo do útero?

A principal causa do câncer de colo do útero é o papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente. Os subtipos 16 e 18 estão associados a cerca de 70% dos casos. Embora a infecção seja comum, nem sempre evolui para a doença. O risco aumenta diante de fatores como tabagismo, que dobra a chance de desenvolvimento do câncer, sistema imunológico enfraquecido (por estresse, HIV ou uso de medicamentos), obesidade, uso prolongado de anticoncepcionais orais, número elevado de gestações ou início precoce da vida sexual.

Grande parte desses fatores pode ser controlada, o que reforça a importância da prevenção e de mudanças no cotidiano.

Os efeitos da doença: um desafio silencioso

O câncer de colo do útero é considerado silencioso porque, em estágios iniciais, raramente apresenta sintomas. Quando surgem sinais como sangramentos fora do período menstrual, dor durante a relação sexual ou corrimento incomum, a doença pode já estar avançada. Em fases mais graves, com metástase, são comuns fadiga intensa, perda de peso e problemas renais.

Globalmente, esse é o quarto tipo de câncer mais letal entre mulheres, com milhares de novos casos anuais. O impacto vai além da saúde física, afetando também o bem-estar emocional, marcado por ansiedade e medo. Ainda assim, a maior parte dos casos pode ser evitada por meio de exames periódicos e de um estilo de vida saudável.

Alimentação e suplementos: cortando o combustível do câncer

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Alimentação rica em frutas, verduras e nutrientes protege o corpo e fortalece a imunidade (Foto: Envato)

Uma estratégia que tem se mostrado relevante é a adaptação da alimentação para fortalecer o organismo e reduzir as condições que favorecem a progressão da doença. As células cancerígenas utilizam a glicose como principal fonte de energia, por isso recomenda-se reduzir o consumo de açúcares simples — presentes em doces, refrigerantes e pães brancos.

O corpo humano consegue obter glicose suficiente a partir de proteínas e gorduras, sem prejuízo da energia necessária. Dietas com menor carga glicêmica podem contribuir para limitar a multiplicação celular e apoiar o sistema imunológico. Estudos indicam que, inclusive durante tratamentos como quimioterapia, essa abordagem pode auxiliar no controle do tumor.

Certos alimentos desempenham papel protetor. Vegetais crucíferos, como brócolis, couve-flor e rúcula, contêm compostos capazes de bloquear células pré-cancerosas. Frutas como laranja, morango e kiwi fornecem vitamina C e folato, que auxiliam na proteção do DNA e podem reduzir em até 50% o risco de progressão do HPV. Já castanhas, sementes e abacate oferecem nutrientes que fortalecem a imunidade.

Evitar ultraprocessados é igualmente essencial, já que favorecem a inflamação e aumentam a glicose. Suplementos podem atuar como reforço, desde que com indicação profissional. Entre eles estão o folato (400 microgramas diários), vitamina D (com doses ajustadas, em média 7.000 UI), zinco, ômega-3 e probióticos, que colaboram no equilíbrio da microbiota vaginal e no controle de inflamações.

Atividade física: um parceiro fundamental

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Exercícios regulares reduzem fatores de risco e contribuem para o bem-estar (Foto: Envato)

A prática regular de exercícios é parte indispensável da prevenção. Caminhadas, natação e ioga ajudam a controlar o peso — fator de risco conhecido —, reduzem o estresse e fortalecem a imunidade. A recomendação mínima é de 150 minutos semanais de atividades moderadas, com orientação adequada.

O movimento potencializa os efeitos de uma boa alimentação: melhora a absorção de nutrientes, regula a glicose e cria um ambiente menos favorável à progressão da doença.

O poder da prevenção nas mãos de cada mulher

O câncer de colo do útero é evitável na maioria dos casos. A combinação de exames regulares, alimentação nutritiva, suplementação adequada e atividade física oferece proteção efetiva. Além de reduzir riscos, tais práticas promovem vitalidade e sensação de controle sobre a própria saúde.

Cuidar de si é também uma forma de prevenção: informação, escolhas conscientes e acompanhamento médico são aliados fundamentais.