A locação por temporada, que se consolidou como alternativa viável ao turismo tradicional nos últimos anos, ganha novo fôlego com o crescimento do turismo internacional no Brasil. Segundo dados do Ministério do Turismo, o país vem registrando aumento consistente no número de visitantes estrangeiros em 2024 e 2025, impulsionado pela valorização do dólar frente ao real, a diversidade de destinos e a busca por experiências autênticas.
Esse cenário aquece plataformas como Airbnb, Vrbo e o próprio setor imobiliário voltado a aluguéis de curto prazo. A procura por imóveis bem localizados, com estrutura completa e boa conectividade digital, cresceu entre os viajantes que priorizam conforto, praticidade e, cada vez mais, hospitalidade personalizada.
Hospitalidade personalizada é um diferencial competitivo para anfitriões que investem em experiências além da hospedagem (Foto: Shutterstock)
Além da demanda por parte dos turistas, o movimento também é vantajoso para os proprietários, que vêem na locação por temporada uma alternativa mais rentável do que o aluguel tradicional. No entanto, a profissionalização tem sido um fator determinante para o sucesso: gestão eficiente, atendimento ágil e avaliações positivas são essenciais para manter o imóvel competitivo em plataformas digitais.
“É comum que os anfitriões brasileiros pensem apenas na localização como diferencial para atrair estrangeiros, mas a experiência como um todo conta muito mais. O hóspede internacional tem expectativas mais altas de padrão, segurança e atendimento. Ter uma gestão profissional é crucial para entregar isso com consistência”, diz Rafael Rossi, economista e diretor proprietário da Conviva Stay.
Boa localização, design acolhedor e estrutura completa são critérios cada vez mais valorizados pelos viajantes internacionais (Foto: Getty Images)
A tendência, que teve impulso durante a pandemia com o boom do turismo doméstico, agora se internacionaliza com força, especialmente em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Florianópolis e Foz do Iguaçu, destinos que combinam atrativos turísticos com boa estrutura urbana e conectividade.
Com a retomada do setor, cresce também a demanda por regulamentação e equilíbrio entre oferta turística e qualidade de vida para os moradores locais — um debate que já chegou a cidades como Lisboa e Barcelona, e que começa a ganhar espaço no Brasil.