A 36ª Bienal de Arte de São Paulo está em cartaz no Parque Ibirapuera desde 6 de setembro e segue aberta ao público até 11 de janeiro de 2026. Com o título Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, a mostra reúne 120 artistas de diversas partes do mundo em um convite à reflexão sobre o que significa exercitar a humanidade nos dias atuais.
Inspirada no poema Da calma e do silêncio, de Conceição Evaristo, a edição parte da metáfora do estuário como espaço de encontro e confluência. A curadoria, liderada por Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, ao lado de Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison, propõe uma experiência que ultrapassa a simples contemplação das obras para se tornar exercício coletivo de escuta, pausa e convivência.

Equipe conceitual da 36ª Bienal de São Paulo, da esq. para a dir.: Keyna Eleison, Alya Sebti, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Henriette Gallus, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza © João Medeiros / Fundação Bienal de São Paulo
A exposição se estrutura em três fragmentos curatoriais:
- Tempo e silêncio: inspirado no poema de Conceição Evaristo, convida à desaceleração e à atenção às sutilezas da natureza e das diferenças.
- Reflexos do outro: baseado no poeta haitiano René Depestre, questiona fronteiras sociais e propõe a coexistência a partir da empatia e da interconexão.
- Espaços de encontro: relaciona-se à metáfora do estuário e ao manifesto do movimento manguebit, refletindo sobre colonialidade e sobre a fusão de culturas que moldaram o Brasil.
O percurso expositivo ocupa todo o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, com obras em vídeo, performance, pintura, escultura, som e instalação. Logo na entrada, destaca-se a intervenção da artista ganense Theresah Ankomah, que recobre a fachada com tiras trançadas de folhas de palmeira, transformando o edifício em símbolo de acolhimento e movimento.

Vista da instalação de Tanka Fonta durante a 36ª Bienal de São Paulo © Levi Fanan / Fundação Bienal
Entre os nomes presentes, estão artistas consagrados e emergentes do Brasil e do exterior, como Otobong Nkanga, Wolfgang Tillmans, Firelei Báez, Maria Magdalena Campos-Pons, Heitor dos Prazeres, Aislan Pankararu e Tanka Fonta, compondo um panorama plural de linguagens e perspectivas.
A Bienal também reforça sua dimensão educativa e de acesso, com entrada gratuita e ampla programação paralela, incluindo encontros, performances e mediações voltadas a diferentes públicos.
Serviço
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
📍 Pavilhão Ciccillo Matarazzo – Parque Ibirapuera, São Paulo
📅 Até 11 de janeiro de 2026
⏰ Terça, quarta, sexta e domingo: 10h às 19h | Quinta e sábado: 10h às 21h | fechado às segundas
🎟 Entrada gratuita
🔗 Mais informações: 36.bienal.org.br


